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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mundo Urbano



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quarta-feira, 31 de março de 2010

Megacidades: desafios e realidade

Deixe um comentário sobre o fenômeno das megacidades e sua opinião de o porquê desse fenômeno estar se tornando tão característico dos países subdesenvolvidos?

O fenômeno das Megacidades

Centros urbanos ultrapassam os 10 milhões de habitantes

Ronaldo Decicino, no UOL Educação

Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os principais centros urbanos estão tão grandes que passaram a ser chamados de megacidades, ou seja, agrupamentos com mais de 10 milhões de habitantes, como São Paulo, Cidade do México, Seul, Xangai, Nova Délhi e Londres.

Segundo a ONU, o número de megacidades passou de duas, em 1950 (Tóquio e Nova York), para 20 em 2005. Em 2015 serão 22, sendo que 17 delas no mundo em desenvolvimento. Tóquio já é chamada de metacidade, uma vez que superou os 30 milhões de habitantes.

Por volta de 2015, cerca de 350 milhões de pessoas estarão vivendo nessas megacidades. Como conseqüência, a urbanização acelerada e o crescimento econômico fomentarão uma expressiva demanda por infra-estrutura, como abastecimento de energia e água, transporte e gerenciamento de tráfego.

Quanto mais uma megacidade cresce e atrai pessoas, por suas possibilidades econômicas ampliadas, mais crescem os desafios da sociedade que ali vive. Atualmente, cidades como Paris, Bangkok, Cidade do México, Buenos Aires, Seul e Tóquio já geram entre 30% e 50% do produto interno bruto de seus respectivos países.

Aumento demográfico e desenvolvimento industrial
Ao longo de quase toda a história das cidades, desde os seus primórdios, há 5 mil anos, até meados do século 19, elas foram desenhadas levando-se em conta o deslocamento das pessoas a pé. E as pessoas chegavam onde queriam, percorrendo curtas distâncias, uma vez que as cidades raramente ultrapassavam 5 quilômetros de diâmetro.

Mas a partir de 1860, com o aumento demográfico e o desenvolvimento industrial, esse modelo de organização urbana começou a enfrentar sérios problemas. Até que, no início do século 21, desencadeou-se uma luta por espaço nas grandes cidades. Pela primeira vez na história, mais de 50% da humanidade estava vivendo em centros urbanos, um fenômeno que chamamos de superpopulação.

Segundo estudos, uma cidade pode ser considerada superpovoada quando não consegue prover recursos - habitação, transporte, saneamento básico, etc. - para todos os seus moradores. Ou seja, quando falamos em superpopulação urbana, falamos também de baixo desenvolvimento econômico.

Razões da expansão urbana
Desde o início do século 21, segundo dados da ONU, a migração de áreas rurais para áreas urbanas responde por apenas 25% do crescimento das cidades. A maioria das pessoas que vai para uma metrópole já morava em áreas urbanas - nas quais, devido ao subdesenvolvimento econômico, não era possível se encontrar oportunidades de trabalho e outros benefícios.

Além da migração, outro fator tem peso maior no crescimento urbano: as altas taxas de natalidade, responsáveis por 50% da expansão dos centros urbanos, principalmente nos países pobres.

No primeiro mundo, as taxas de natalidade foram caindo lentamente, até chegar a um patamar estável. Isso explica por que cidades onde a pressão migratória é grande, mas a natalidade é baixa, crescem devagar. Nova York, por exemplo, é uma cidade com muita gente, mas sua população aumenta menos de 0,5% ao ano.

Já nas cidades dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, a história é diferente: houve uma queda na taxa de mortalidade após 1950 e, além disso, as pessoas continuam tendo filhos. Lagos, na Nigéria, teve um aumento populacional de 3.000% de 1950 para cá, chegando a 10 milhões de pessoas. Na Somália, 21% das jovens entre 15 e 19 anos têm filhos. Ao mesmo tempo, em Roma, apenas 1% das jovens nessa mesma faixa etária engravidam. Em Bagdá, apenas 10% das mulheres usam algum tipo de anticoncepcional. Em Seul, ao contrário, 66% das mulheres usam anticoncepcionais.

Cidades com mais habitantes (em milhões)
1. Tóquio (Japão) - 36
2. Cidade do México (México) - 19,4
3. Nova Iorque (EUA) - 18,7
4. São Paulo (Brasil) - 18,3
5. Mumbai (Índia) - 18,2
6. Nova Délhi (Índia) - 15

Cidades com mais habitantes por km2
1. Mumbai (Índia) - 26.650 mil
2. Calcutá (Índia) - 23.900 mil
3. Karachi (Paquistão) - 18.900 mil
4. Lagos (Nigéria) - 18.150 mil
5. Shenzen (China) - 17.150 mil
6. Seul (Coréia do Sul) - 16.700 mil

Cidades com as maiores populações em 2015 (em milhões)*
1. Tóquio (Japão) - 35,5
2. Mumbai (Índia) - 21,9
3. Cidade do México (México) - 21,6
4. São Paulo (Brasil) - 20,5
5. Nova Iorque (EUA) - 19,9
6. Nova Délhi (Índia) - 18,6
7. Xangai (China) - 17,2
8. Calcutá (Índia) - 17,0
9. Daca (Bangladesh) - 16,8
10. Jacarta (Indonésia) - 16,8

* Previsão
Fonte: Divisão de população da ONU

*Ronaldo Decicino é professor de geografia do ensino fundamental e médio da rede privada.