Ciclos tecnológicos da Revolução Industrial
A Revolução Industrial divide a história das civilizações em duas épocas nitidamente diferentes. Antes dela, a economia repousava sobre uma base técnica que evoluía apenas muito lentamente. Depois dela, a transformação tecnológica transformou-se no fundamento da vida econômica. Do ponto de vista social e cultural, as civilizações pré-industriais norteavam-se pela tradição, enquanto a civilização industrial orienta-se pela mudança.
A economia industrial desenvolve-se, desde o nascimento das primeiras fábricas, através de ciclos longos que começam com uma fase de rápido crescimento e acumulação de capital, atravessam uma fase de estabilização e, em seguida, conhecem uma fase descendente caracterizada pela redução do crescimento e dos lucros empresariais. O economista russo Nikolai Krondatieff, pesquisando na década de 1920 as estatísticas de produção industrial, consumo, preços, juros e salários da Grã-Bretanha, Estados Unidos e França, foi o primeiro a registrar esses ciclos longos. Mais tarde, o economista austríaco Joseph Schumpeter estudou-os em profundidade, conseguindo associá-los à marcha da inovação tecnológica.
A "destruição criadora"
De acordo com Schumpeter, a economia industrial evolui por meio da "destruição criadora". Quando um conjunto de novas tecnologias encontra aplicação produtiva, as tecnologias tradicionais são "destruídas", isto é, deixam de criar produtos capazes de competir no mercado e acabam sendo abandonadas. Na fase inicial, ascendente, do ciclo, as novas tecnologias distinguem os empresários inovadores dos que continuam utilizando as tecnologias tradicionais. Os inovadores são "premiados" com elevadas taxas de lucros e erguem verdadeiros impérios empresariais. Na fase de estabilização, os lucros caem para patamares menores, pois a maior parte das empresas adotou o novo conjunto de tecnologias e a competição tornou-se mais acirrada. Finalmente, a fase descendente caracteriza-se por um excesso de oferta em relação à demanda. As tecnologias que inauguraram o ciclo tornaram-se, a essa altura, tradicionais. A queda acentuada dos lucros prenuncia mais uma ruptura na base técnica, que deflagrará novo ciclo. As idéias de Schumpeter permitem identificar os cinco ciclos - ou ondas - de inovação, das fábricas têxteis do século XVIII até a "era dos computadores" (veja a figura).
Ondas de inovação tecnológica da economia industrial
Fonte: Magnoli, Demétrio e Araújo, Regina, Projeto de Ensino de Geografia: natureza, tecnologia, sociedades. São Paulo, Moderna, prelo.
A fase inicial de cada onda de inovação é a época de ouro dos empreendedores. Adaptando pioneiramente as novidades tecnológicas à produção, empreendedores ousados conquistam vastos mercados. Quase do nada, surgem empresas de grande porte, que se tornam símbolos do seu tempo. Enquanto isso, grandes empresas baseadas em padrões tecnológicos superados entram em crise e acabam se reformulando de alto a baixo ou simplesmente desaparecem.
É na fase inicial que ocorre a "destruição criadora". Quando a onda de inovação atinge a fase de estabilização, as novidades tecnológicas consistem em aperfeiçoamentos do padrão tecnológico estabelecido. Essa é a época de ouro das grandes empresas, que dominam mercados já plenamente configurados. Os pequenos empreendedores, que não dispõem de recursos financeiros vultosos, são incapazes de concorrer com as grandes empresas. Freqüentemente, seus empreendimentos e suas inovações são incorporados pelas empresas dominantes. Outras vezes, tecnologias melhores são rejeitadas, pois um padrão menos eficiente adquiriu aceitação geral.
Na fase descendente da onda de inovação, os mercados estão saturados. A economia registra superprodução. Inúmeras empresas revelam-se incapazes de sustentar a concorrência, cada vez mais feroz, e são incorporadas por conglomerados mais poderosos. Essa é a época de ouro da centralização de capitais. Quando, finalmente, uma nova onda se inicia, surgem mercadorias revolucionárias. Sob o impacto da "destruição criadora", a superprodução é eliminada pois os consumidores dirigem-se, ansiosamente, para os novos produtos disponíveis. Assim, o ciclo recomeça, em novas bases tecnológicas.
Tecnologia e geografia
Os ciclos econômicos longos estão associados às formas de organização do espaço geográfico. A energia hidráulica, fundamento dos primórdios da industrialização, atraiu as fábricas para as margens dos cursos de água. A máquina a vapor, desde meados do século XIX, atraiu as fábricas para os depósitos carboníferos. O advento das ferrovias possibilitou a exploração de novas terras pela agropecuária comercial. A energia elétrica libertou a indústria das localizações tradicionais e revolucionou a divisão técnica do trabalho no interior das fábricas.
A Inglaterra deu a largada para a Revolução Industrial. Nas últimas décadas do século XVIII, uma série de inovações na tecnologia de produção (como a máquina de fiar e o tear hidráulico) possibilitaram a mecanização do setor têxtil. A produtividade das indústrias algodoeiras - as primeiras indústrias modernas - cresceu exponencialmente a partir de então. Produzia-se muito mais e em muito menos tempo.
Ao lado da indústria têxtil, a modernização das fundições de ferro impulsionou o ciclo inicial da industrialização. Há séculos, o ferro era fundido em fornalhas a lenha. A utilização do carvão mineral em altos fornos capazes de gerar temperaturas elevadíssimas inaugurou a siderurgia moderna.
O carvão se tornava cada vez mais importante. A sua utilização, como força motriz, foi iniciada com o aperfeiçoamento da máquina a vapor, em 1769. Mas apenas em meados do século XIX, na Inglaterra, a máquina a vapor substituiu, largamente, o tear hidráulico. Na França e nos Estados Unidos, a energia hidráulica sobreviveu por mais tempo ainda.
A revolução do carvão expressou-se, fora das fábricas, no setor de transportes. As ferrovias e os barcos a vapor "encurtaram" as distâncias, reduzindo brutalmente os custos de deslocamento de matérias-primas e alimentos. Na segunda onda de inovações da Revolução Industrial, as terras das planícies centrais dos Estados Unidos tornaram-se celeiros de alimentos para as cidades européias.
Não por acaso, o século XIX ficou conhecido com a "era das ferrovias". Ao mesmo tempo em que serviam para escoar mais rapidamente os produtos e para unificar os mercados, as ferrovias foram uma excelente opção para os investidores dos países industrializados. Assim, rapidamente, os trilhos ferroviários ganharam o mundo, barateando os custos de transportes e aumentando os lucros do comércio.
A segunda onda caracterizou-se, ainda, por um grande salto tecnológico na siderurgia. O forno Bessemer, inventado em 1855, utilizava rajadas de oxigênio no refino do ferro fundido, permitindo a obtenção de aços de alta qualidade. No oeste da Alemanha, junto às jazidas carboníferas do vale do rio Ruhr, desenvolveram-se os conglomerados siderúrgicos da maior concentração industrial européia.
As cidades industriais típicas do século XIX - tais como Manchester e Liverpool, na Inglaterra, e Colônia, na Alemanha - eram de tamanho médio, localizadas juntos às bacias carboníferas. Elas concentravam a produção siderúrgica e a produção de têxteis de algodão. O ritmo da produção fabril regulava a vida nesses centros urbanos, onde a maioria da população era composta de empregados assalariados das indústrias.
A primeira onda da Revolução Industrial restringiu-se, praticamente, à Grã-Bretanha. Na segunda onda, a industrialização se espraiou pela Europa, fincando raízes na Bélgica, França, Alemanha, Suécia e, um pouco depois, na Holanda, Itália, Áustria e Rússia. Do outro lado do Atlântico, a indústria estabelecia-se nas cidades do nordeste dos Estados Unidos. No final do século, sob o impulso da centralização do poder político, o Japão decolava para o industrialismo.
Durante a maior parte do século XIX, a Grã-Bretanha conservou a liderança econômica. A sua frota mercante, a maior do mundo, havia conquistado o domínio dos mares. A supremacia comercial garantiu a disponibilidade dos capitais necessários para o investimento industrial e assegurou o controle sobre os mercados fornecedores de matérias-primas.
A Revolução Industrial abriu as portas para a formação da economia-mundo, ou seja, para a incorporação de todos os povos e continentes nos fluxos mercantis e circuitos de investimentos centralizados pelas potências industriais. Nas últimas décadas do século XIX, navios cargueiros singravam os oceanos, no ocidente e no oriente, transportando mercadorias industriais, matérias-primas minerais e produtos agrícolas. O imperialismo - anexando novas áreas coloniais na África e Ásia e esferas de influência na América Latina - criou um verdadeiro mercado de dimensões planetárias.
As potências industriais importavam basicamente dois tipos de mercadorias: matérias-primas e produtos agrícolas tropicais. Para as colônias e áreas de influência, elas exportavam seus produtos industrializados, principalmente os têxteis e metalúrgicos. A estrutura comercial britânica revela com nitidez a divisão internacional do trabalho gerada pelas ondas iniciais da Revolução Industrial: no século XIX, alimentos e matérias-primas constituíam 75% das importações; 85% das exportações eram produtos fabricados.
A borracha das florestas equatoriais da África e do Brasil, o estanho da Bolívia, o cobre do Chile, do Peru e do Congo, por exemplo, se tornaram matérias-primas fundamentais para as novas indústrias européias e norte-americanas. Os navios mercantes traziam das regiões tropicais enormes quantidades de cacau, açúcar e café, gêneros cujo consumo estava se popularizando nas cidades da Europa e dos Estados Unidos.
O traçado das ferrovias ilumina uma das características essenciais da geografia produzida pelo imperialismo. Na França e na Inglaterra, assim como nos demais países industrializados da Europa, foram construídos troncos principais complementados por uma densa rede de trilhos que se espalham em todas as direções, facilitando o transportes no interior do território e unificando o mercado interno. Nos Estados Unidos, os grandes ramais ferroviários cortaram transversalmente o território e ajudaram a integrar o oeste agrícola ao nordeste industrial.
Entretanto, na África - como também na América Latina - as ferrovias nasceram para ligar as regiões produtoras de matérias-primas aos portos exportadores. Até hoje, o seu traçado serve de espelho da organização do espaço produzida pelo imperialismo. Nesse caso, o mercado externo funcionava como principal motor da economia. As redes de transporte, em vez de integrar, fragmentavam os espaços nacionais. Junto com o espaço geográfico de dimensões planetária, emergia uma divisão internacional do trabalho que iria marcar de forma duradoura as populações de continentes inteiros.
A divisão internacional do trabalho no capitalismo industrial envolvia também fluxos de investimentos diretos das potências econômicas para as suas esferas de influência. Tais investimentos de capital concentravam-se, essencialmente, em setores de infra-estrutura (eletricidade, iluminação, telefonia) e transportes (ferrovias, portos).
Na última década do século XIX, a economia industrial britânica foi ultrapassada pelos Estados Unidos. Na primeira década do século XX, era ultrapassada também pela Alemanha. Contudo, a sua duradoura liderança passada continuou, por algum tempo, a se refletir nos investimentos de capital no exterior. No início da Primeira Guerra Mundial, os capitais britânicos estabelecidos no estrangeiro representavam mais que o dobro dos investimentos franceses e quase o triplo dos investimentos alemães
A geografia dos movimentos de capitais refletia, com bastante fidelidade, a influência política das potências. Os capitais britânicos fluíam para todos os continentes, alimentando negócios no Império, na América e no Oriente. França, Alemanha e Holanda tinham vultosos investimentos, direcionados para a Europa do leste e as colônias afro-asiáticas. Na época, os capitais norte-americanos apenas começavam a ganhar o estrangeiro, limitando-se praticamente aos países vizinhos da América do Norte.
Os países-fábricas dominavam o mundo com os seus produtos e seu capital. As economias coloniais e semicoloniais se especializaram na produção de uns poucos produtos primários, e cada vez mais se tornavam dependentes dos mercados e investimentos externos.
Fonte:http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/geografia/projensinogeo/rumos/0011
Geopolítica do Petróleo
Ocidente x Oriente: um choque de interesses
Numa de suas raras entrevistas de Osama Bin Laden à imprensa ocidental, antes dos atentados de 11 de setembro de 2001, o jornalista britânico Robert Fisk perguntou se ele acreditava na “guerra das civilizações”, a famosa teoria do cientista político norte-americano Samuel Huntington para explicar os conflitos do pós-Guerra Fria. “É claro que sim”, respondeu o líder terrorista. A escalada de ataques ao Ocidente e sua reação desmedida, acirrando o ódio das populações muçulmanas contra os governos dos EUA e do Reino Unido, criaram um cenário sombrio que parece dar razão a Huntington e a Bin Laden. A idéia do “choque das civilizações”, antes desacreditada, parece se impor como a metáfora definidora da época atual.
Na retórica de Bin Laden em favor da jihad, são constantes as menções um embate civilizacional de raízes seculares, que remontam às Cruzadas e à conquista da Península Ibérica pelos mouros, na Idade Média. Um mergulho da História sempre pode trazer ensinamentos úteis, mas talvez a chave para entender o conflito atual não esteja em tempos tão distantes. Mais do que um antagonismo de matriz religiosa ou valores culturais incompatíveis, o que opõe os povos muçulmanos do Oriente Médio às potências ocidentais é a herança de um passado recente de dominação colonial e imperialista.
O prefeito de Londres, Ken Livingstone, foi certeiro em apontar, numa entrevista sobre os motivos dos atentados em Londres, o vínculo entre o terrorismo e a dependência do Ocidente em relação ao petróleo do Golfo Pérsico. No final da Primeira Guerra Mundial, lembrou ele, os governantes ingleses, franceses e norte-americanos prometeram a independência às nações árabes em troca do apoio contra o Império Otomano, que dominava a maior parte da região. A promessa foi violada após o conflito, com a partilha do Oriente Médio entre a França e o Reino Unido, enquanto companhias norte-americanas se apossavam gradualmente dos campos petrolíferos. “Se ao final da Primeira Guerra nós tivéssemos nos mantido fora dos assuntos árabes e nos limitado a comprar o petróleo deles, em vez de tentar controlá-lo, eu suspeito que isso não teria acontecido”, afirmou Livingstone, referindo-se ao terrorismo.
O nacionalismo árabe viria à tona, com toda a força, após 1945, quando o enfraquecimento do imperialismo europeu na Segunda Guerra Mundial tornou inevitável a descolonização. Mais uma vez, os EUA agiram de forma incoerente com seu ideário em favor da autodeterminação dos povos. Entre o respaldo à autonomia árabe ou o reforço dos laços que prendiam o mundo muçulmano às metrópoles européias, o governo norte-americano ficou a segunda opção. A Guerra Fria lhes forneceu uma justificativa conveniente. Regimes nacionalistas como o de Nasser, no Egito, e o de Kassim, no Iraque, foram combatidos na década de 50 sob a alegação de serem simpáticos ao comunismo soviético. No caso do Irã, a CIA ajudou os ingleses a derrubar o governo democrático e nacionalista de Mossadegh, que ousou nacionalizar o petróleo. Um golpe articulado por ingleses e norte-americanos devolveu o trono ao xá Reza Pahlevi, em 1953. Como recompensa, o xá entregou a empresas dos EUA 40% do petróleo iraniano.
Nas décadas seguintes, o apoio irrestrito a Israel e a aliança com regimes monárquicos autoritários, como o da Arábia Saudita, acabaram por tirar toda a credibilidade dos EUA em sua pregação pela democracia e direitos humanos. O poder sem precedentes alcançado pelo império norte-americano após o final da Guerra Fria ressaltou ainda mais o seu papel, aos olhos das populações árabes, como o responsável em última instância pelo destino da região.
Não sem motivo, os muçulmanos do Oriente Médio vêem hoje em dia que a hegemonia mundial dos EUA só reduziu as perspectivas de melhorias na região – e o sofrimento dos palestinos sob a ocupação israelense se tornou o maior símbolo do que muitos consideram um plano deliberado pela mantê-los numa posição de inferioridade. A invasão do Iraque e do Afeganistão, com seu rastro de humilhações e atrocidades, completa um cenário altamente favorável à disseminação do ressentimento anti-americano. O terrorismo fundamentalista não poderia encontrar um ambiente mais propício para recrutar seus homens-bombas.
Fonte: http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/artigos/2005/102005-03.htm
Fontes Alternativas de Energia, uma meta para o futuro
Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão.
O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa.
A dependência de consumo de combustíveis fósseis para a produção de energia certamente afeta a vida na terra e compromete a qualidade ambiental, e continuará sendo desse jeito. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual sejam dirigidos para produzir outros tipos de energia (que sejam menos poluidoras e que causem menos impactos ambientais, diferente do petróleo), as chamadas energias alternativas.
No Brasil (diferentemente da maioria dos países), a produção de energia é feita principalmente através de hidrelétricas, ou seja, de energia hidráulica pois o país dispõe de grandes bacias hidrográficas. A energia produzida através de hidrelétricas é considerada limpa e renovável, ao contrário daquelas derivadas dos combustíveis de petróleo.
Sabendo do que foi falado nos parágrafos acima, Quais são os diferentes tipos de energia? Como funcionam? Qual é a próxima fonte de energia quando se acabar o petróleo? Qual é a grande luta para existirem as energias alternativas?
A energia alternativa (ao petróleo) é uma forma de produzir energia elétrica, causando menos problemas à sociedade atual, ao meio ambiente e, menos poluição. Os principais tipos de energia alternativa que existem, são:
Energia Solar: Abundante, mas cara
A energia solar, é uma energia abundante, porém, é muito difícil de usá-la diretamente. Ela é limpa e renovável, e existem três maneiras de fazer o seu uso:
Células fotovoltáicas, que são consideradas as que mais prometem da energia solar. A luz solar é diretamente transformada em energia, através de placas que viram baterias.
Os captadores planos, ou, coletores térmicos, que, num lugar fechado, aquecem a água, que com pressão do vapor, movem turbinas ligadas aos geradores.
Também chamados de captadores de energia, os espelhos côncavos refletores, mantém a energia do sol que aquecem a água com mais de 100° C em tubos, que com a pressão, movimentam turbinas ligadas ao gerador. O único e pequeno problema dos espelhos côncavos, é que eles têm que acompanha diretamente os raios do sol, para fazer um aproveitamento melhor.
Como à noite e em dias chuvosos não tem sol, a desvantagem da energia solar, é que nesses casos ela não pode ser aproveitada, por isso que é melhor produzir energia solar em lugares secos e ensolarados.
Um exemplo do aproveitamento dessa energia, é em Freiburg, no sudeste da Alemanha. A chamada “cidade do sol”, lá existe o bairro que foi o primeiro a possuir casas abastecidas com energia solar. As casas são construídas com um isolamento térmico para a energia ser “guardada” dentro. Quando as casas são abastecidas com mais energia do que necessário, os donos vendem o restante de energia para companhias de eletricidade da região.
Na cidade , há casas que giram de acordo com o movimento do sol. A igreja e o estádio de futebol, são abastecidos com energia solar. Com o uso de energia solar, a cidade já deixou de usar mais de 200 toneladas de gás carbônico por ano.
Energia Eólica: limpa, mas demorada
É a energia mais limpa que existe. A chamada energia eólica, que também pode ser denominada de energia dos ventos, é uma energia de fonte renovável e limpa, porque não se acaba (é possível utilizá-la mais que uma vez), e porque não polui nada. O vento (fonte da energia eólica), faz girar hélices que movimentam turbinas, que produzem energia. O único lado ruim que a energia eólica possui é que como depende do vento, que é um fenômeno natural, ele faz interrupções temporárias, a maioria dos lugares não tem vento o tempo todo, e não é toda hora que se produz energia. O outro lado ruim, é que o vento não é tão forte como outras fontes, fazendo o processo de produção ficar mais lento.
Não são muitos os lugares que existem condições favoráveis ao aproveitamento da energia eólica, ou seja, não é todo lugar que apresentam ventos constantes e intensos. Os lugares que tem as melhores condições para atividade, são: norte da Europa, norte da África e a costa oeste dos Estados Unidos.
Na maioria dos casos essa forma de energia é usada para complementar as usinas hidroelétricas e termoelétricas.
Um exemplo para mostrar como a energia dos ventos é econômica, é que no Estado da Califórnia, que com o aproveitamento dessa energia, economizou mais de 10 milhões de barris de petróleo.
Energia Nuclear, eficaz, mas perigosa
A energia Nuclear, que pode também ser chamada de energia atômica, é a energia que fica dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura ou pela fissão do átomo.
Como a energia atômica não emite gases ela é considerada uma energia limpa, mas tem um lado ruim, gera lixo atômico, ou resíduos radioativos que são muitos perigosos aos seres humanos pois causam mortes e doenças.
Por isso, quando produzem a energia nuclear, é preciso um desenvolvimento muito seguro, que isolem o material radioativo durante um bom tempo.
Nas usinas atômicas, que também podem ser chamadas de termonucleares, em vez de ser usada a queima de combustíveis, a energia nuclear gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas que acionam geradores elétricos.
A energia atômica é usada em muitos países e veja a porcentagem de cada um: EUA, 30,7%; França, 15,5%;Japão, 12,5%; Alemanha, 6,7%; Federação Russa, 4,8%. No Brasil, apesar de usar muito a energia Hidráulica, a energia nuclear também tem uma pequena porcentagem de 2,6%.
Energia da Biomassa: uma energia vegetal
Para produzir a energia da biomassa, é preciso um grande percurso. Um exemplo da biomassa, é a lenha que se queima nas lareiras. Mas hoje, quando se fala em energia biomassa, quer dizer que estão falando de etanol, biogás, e biodiesel, esses combustíveis, que tem uma queima tão fácil, como a gasolina e outros derivados do petróleo, mas a energia da biomassa, é derivada de plantas cultivadas, portanto, são mais ecológicas.
Para ter uma idéia de como a energia da biomassa é eficiente, o etanol, extraído do milho, é usado junto com a gasolina nos Estados Unidos; e também, é produzido da cana de açúcar, o etanol responde metade dos combustíveis de carro produzido no Brasil. Em vários países, mas principalmente nos Estados Unidos, o biodiesel de origem vegetal é usado junto ou puro ao óleo diesel comum. Segundo o diretor do centro nacional de bioenergia: “Os biocombustíveis são a opção mais fácil de ampliar-se o atual leque de combustíveis”
O único problema da biomassa é que por conta da fotossíntese (o processo pela qual as plantas captam energia solar) é bem menos eficiente por metro quadrado do que os painéis solares, por causa desse problema, é que para ter uma boa quantidade de captação de energia por meio de plantas, é preciso uma quantidade de terra bem mais extensa. Estima-se de que para movimentar todos os meios de transportes do planeta só usando biocombustíveis, as terras usadas para agricultura teriam que ser duas vezes maiores do que já são.
Para ser mais eficaz, deixando mais rápidas as colheitas, e deixando ser mais captadores de energia, cientistas estão fazendo pesquisas. Atualmente, os combustíveis extraídos da biomassa são vegetais, como o amido, o açúcar, e óleos, mas alguns cientistas, estão tentando deixar esses combustíveis líquidos. Outros estão visando safras que gerem melhores combustíveis.
E esse é o grande problema da energia da biomassa, mas para Michel Pacheco, “Estamos diante de muitas opções, e cada uma tem por trás um grupo de interesse. Para ser bastante sincero, um dos maiores problemas com a biomassa é o fato de existirem tantas alternativas“
Energia Hidráulica
A energia hidráulica pode ser considerada alternativa em relação aos combustíveis fósseis, porem no Brasil ela é utilizada rotineiramente.
Nas usinas hidrelétricas, a pressão das águas movimentam turbinas que estão ligadas aos geradores de corrente elétrica. Na maioria das vezes são construídas barragens, que servem para represar os rios. Com muita pressão, a água acumulada é liberada, e as turbinas giram.
A energia hidráulica, tem muitas vantagens, porque é uma fonte limpa, não causa grandes impactos ambientais globais, é renovável e é muito barata comparada com as outras fontes.
Também existem as desvantagens, que são: inundação de áreas habitadas causando deslocamentos de populações e destruição da flora e fauna.
De toda energia gerada no mundo, cerca de 15% é de energia hidráulica, e só no Brasil, essa quantidade, é de 90%.
Energia Geotérmica
A energia geotérmica é gerada pelo calor das rochas do subsolo. No subsolo as águas dos lençóis freáticos são aquecidas, e então, são utilizadas para a produção energia.
A extração dessa energia só é possível acontecer em poucos lugares. Alem disso, é muito caro perfurar a terra para chegar nas rochas aquecidas.
O fato de que só existir essa energia perto de vulcões, muito poucos países geram essa energia, e esses paises são: Nicarágua, Quênia, El salvador, México, Chile, Japão, e França. Sendo assim o uso deste tipo de energia é de difícil utilização na grande maioria dos países.
Energia térmica dos oceanos
Graças à diferença de temperatura das águas profundas e águas que ficam na superfície, a água marinha pode ser usada para fazer um armazenamento de energia solar, e geradora de energia elétrica.
Em usinas que fazem esse “sistema”, a diferença de temperatura faz um movimento em tubos circulares. Isso ocorre em lugares fechados, conectados a turbinas que estão ligadas em geradores, produzindo energia elétrica. Uma vantagem dessa energia é que elas são renováveis, e uma desvantagem é que o custo é muito alto.
O primeiro lugar que fizeram o uso desse tipo de energia, foi nos Estados Unidos em 1979, e estão produzindo energia, até hoje.
Pesquisas revelam através de estimativas, que de toda a energia gerada no planeta, 80% são de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Nos próximos 100 anos, uma coisa que é muito provável, é que com o aumento da população, paralelamente, aumentará o uso de combustíveis fósseis. E uma coisa que não é nada provável, é que essa grande população (que na época estará maior) faça o uso de energia alternativa. Para o professor de engenharia, Martin Hoffer, o esforço de fazer as pessoas deixarem de usar o petróleo, e começarem a usar energia alternativa, é maior do que acabar com terrorismo: “O terrorismo não ameaça viabilidade do nosso modo de vida baseado nos avanços tecnológicos, mas a energia, é um fator crucial”. Um exemplo de como existem energias alternativas que “adiantam” e são “ecológicas”, é que se se nos trocássemos uma lâmpada incandescente por uma fluorescente, nos estaríamos economizando 225 quilos de carvão, alem de deixar de causar poluição.
Os grandes problemas que parte da sociedade luta para ter a energia alternativa são os políticos e as empresas transnacionais (como a Shell, Texaco, Esso, etc.). Como a nossa sociedade é capitalista, grande parte dela não se preocupa nada em relação às conseqüências, querendo cada vez mais construir usinas poluidoras, só pensando no lucro. Poderíamos usar outras fontes menos poluentes, mas por causa do capitalismo, temos um monopólio do uso de energias mais poluidoras. E o que Martin Hoffer levanta é que se a sociedade capitalista não ajudar, podemos ser condenados a depender só dos combustíveis fósseis, cada vez mais poluentes, à medida que diminuem as reservas petroleiras e de gás, com conseqüência catastrófica no planeta: “se não tivemos uma política energética pró-ativa, acabaremos simplesmente usando o carvão, depois o xisto, e em seguida a areia de alcatrão, sempre com um retorno cada vez menor, até que nossa civilização entre em colapso. Mas tal declínio não é inevitável. Ainda temos a possibilidade de escolher.”
Sabendo que futuramente aumentará o número de pessoas, aumentando junto o uso de combustíveis fósseis, algum dia, as grandes reservas petroleiras acabarão, então, pesquisadores trabalham para identificar o próximo grande combustível que abastecerá esse gigantesco planeta. Para alguns especialistas, “não há nenhuma solução milagrosa”, para outros, aqueles mais insistentes, pensam que existem energias infinitas no espaço, mas que para fazer na prática é impossível.
A vontade de carros movidos a hidrogênio, pode dar uma impressão equivocada, porque hidrogênio não é fonte de energia. Para ele se tornar útil, tem que ser isolado e isso requer mais energia do que proporciona. Atualmente o único jeito de produzir energia com hidrogênio, é com combustíveis fosseis, que é um jeito poluidor de fazer, mas estão pensando em um jeito limpo de sua produção: O hidrogênio seria produzido de formas de energias que não liberam poluição (dióxido de carbono) o que precisaria de um uso grande de energia eólica, nuclear e solar. Nos Estados Unidos, uma coisa muito estudada pelo governo, é que poderíamos produzir energia com hidrogênio, usando as grandes reservas de carvão do país, mas armazenando no subsolo o dióxido de carbono.
Isso que nós acabamos de ver sobre o hidrogênio é um belo exemplo de que nós, seres humanos, somos muitos capazes de poder conciliar um desenvolvimento limpo, descobrindo coisas novas, e ao mesmo tempo, preservando o planeta.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fontes-alternativas-de-energia/index.php
O aquecimento global
O Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão—um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera é causa do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. (fonte IPCC).
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).
Causas
Mudanças climáticas ocorrem devido a factores internos e externos. Factores internos são aqueles associados à complexidade derivada do facto dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos.
O principal factor externo natural é a variabilidade da radiação solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são aqueles da influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais é a emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando depleção da camada de ozônio (fonte:IPCC)
Cientistas concordam que factores internos e externos naturais podem ocasionar mudanças climáticas significativas. No último milénio dois importantes períodos de variação de temperatura ocorreram: um período quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses períodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido causados por fatores internos e externos somente. A Pequena Idade do Gelo é atribuída à redução da atividade solar e alguns cientistas concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 é uma reversão natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical Environmentalist).
Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a atmosfera desde que começou a revolução industrial, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).
A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde 1990 a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.
A real importância de cada causa proposta pode somente ser estabelecida pela quantificação exacta de cada factor envolvido. Factores internos e externos podem ser quantificados pela análise de simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.
A influência de fatores externos pode ser comparada usando conceitos de força radiotiva. Uma força radiotiva positiva esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de gases, depleção do ozônio estratosférico e radiação solar tem força radioativa positiva e aerosóis tem o seu uso como força radiotiva negativa.(fonte IPCC).
Modelos climáticos
Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas e naturais (variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica está actualmente convencida de que uma proporção significativa do aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas concorda que importantes características climáticas estejam sendo incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão. (Source: IPCC)
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que factores externos não levados em consideração poderiam alterar as conclusões acima. Os críticos dizem que simulações climáticas são incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partículas, ajustar a retroalimentação do vapor de água e levar em conta o papel das nuvens. Críticos também mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria da comunidade científica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser muito importantes e não são levados em conta pelos modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela acção humana poderia ser menor do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical Environmentalist)
Efeitos
Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das consequências do aquecimento global que podem influenciar não somente as actividades humanas mas também os ecosistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecosistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecosistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessáriamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécie que esteja florescendo.
Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por década e em alguns países insulares no Oceano Pacífico são expressivamente preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos. (Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).
Como o clima fica mais quente, a evaporação aumenta. Isto provoca pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no clima como progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte,por exemplo, provocada por diferenças entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está diminuindo conforme as médias da temperatura global aumentam, isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do calor global.
Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)
Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.
O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.
Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto
Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.
Fonte: www.jornaldomeioambiente.com.br
Sistema elétrico no Brasil
Ao final do século XIX, quando a atividade econômica do Brasil era significativamente agrária, a participação da eletricidade como fonte de energia era inexpressiva. Com o início da industrialização, fatores como a concentração em centros urbanos e o surgimento de uma classe média impulsionaram seu uso.
A partir de 1920 o Brasil foi tendo o seu número de usinas hidrelétricas instaladas aumentado, num crescimento constante. Estas usinas estavam geralmente associadas a regiões de atividade industrial ou atendiam às localidades definidas por concessão municipal. Com o crescimento da atividade e a necessidade de executar projetos de maior tamanho, iniciou-se um processo de fusões e incorporações entre as empresas do setor.
Desde esta época, já se verificava a primazia da hidroeletricidade, que representava 80% da potência total instalada, de aproximadamente 779 MW. Esta característica própria diferenciou a evolução da economia da energia no Brasil dos outros países de vanguarda industrial, onde predominava a termoeletricidade, com base no carvão mineral.
Seguindo uma tendência mundial, durante as décadas de 1940 e 1950 as usinas passaram a ser cada vez maiores para que se reduzissem os custos de instalação e de geração. A concentração do setor nas mãos de poucas empresas privadas dava-lhes poder para cobrar caro e influir nas diretrizes de crescimento econômico do país.
Predominância da Geração Hidráulica
Você sabia que 95% da energia elétrica no Brasil são geradas em usinas hidrélicas.
E sabe por quê?
Porque devido às dimensões continentais do país e da grande quantidade de bacias hidrográficas, esta foi a maneira mais fácil e econômica.
As usinas hidráulicas podem ser de dois tipos básicos: Usinas com Reservatórios de Acumulação e Usinas a Fio d'Água.
Como elas funcionam ?
As Usinas com Reservatórios de Acumulação geram a energia a partir da água acumulada em grandes reservatórios. Assim, o reservatório regula a vazão de forma a equilibrar a geração em todas as usinas. Os grandes reservatórios permitem o acúmulo de água em quantidade suficiente para que a geração de energia elétrica esteja garantida, mesmo que chova em pouca quantidade em um determinado ano. Estes reservatórios são chamados de plurianuais.
As Usinas a Fio d'Água geram energia com o fluxo de água do rio, não acumulando ou acumulando pouca água. Elas distribuem-se ao longo do rio.
Sistema Interligado
As grandes usinas geradoras ficam localizadas em lugares distantes dos centros consumidores, como cidades e indústrias. Portanto, é necessária a interligação entre as usinas e os consumidores para que a energia elétrica possa ser usada. A esta interligação chamamos Sistema de Transmissão.
O que é ?
É um Sistema Interligado que permite:aos centros de consumo serem atendidos por diferentes usinas a energia elétrica seja desviada e conduzida ao destino desejado.
Como funciona?
No Brasil, o sistema de transmissão foi construído de tal forma que além desta ligação existem também diversas usinas ligadas a outras, e vários centros consumidores ligados a diferentes usinas.
Este tipo de sistema oferece diversas vantagens, principalmente quando a geração de energia elétrica e efetuada por usinas hidrelétricas:
Caso a linha de atendimento ao centro de consumo seja interrompida, este será atendido por uma outra sem que haja interrupção no fornecimento;
Sendo o Brasil um país de dimensões continentais, onde a geração de energia elétrica depende da água (chuva), o sistema interligado permite que a energia elétrica seja produzida em usinas que tenham seus reservatórios com bom acumulo d'água, enquanto as que estão em período de seca poupem água e aumentem o nível de seus reservatórios. Assim, nenhum consumidor é prejudicado pela falta de chuvas em sua região;
Normalmente, usinas geradoras devem possuir estoque para eventuais excessos de demanda e de consumo de energia. Com o sistema interligado esta sobrecapacidade pode ser menor, reduzindo os investimentos em instalações sem comprometer a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica.
A operação coordenada da geração e distribuição de energia elétrica proporciona uma disponibilidade de energia de 20 à 30 % superior àquela que seria conseguida se as usinas operassem independentemente.
É importante conhecer algumas das características da energia elétrica:
Por sua natureza, a energia elétrica é uma forma de energia que não pode ser armazenada. A não ser em pequenas quantidades, como em pilhas e baterias. Assim, ela tem que ser produzida no momento em que se deseja utilizá-la. Esta característica fundamental determina as possibilidades tecnológicas para seu fornecimento.
Para ultrapassar essa limitação, as usinas geradoras acumulam o combustível, e de acordo com a necessidade, utilizam-no. No Brasil o principal é a água, utilizada para geração, que é armazenada nos reservatórios para produzir a energia elétrica, quando for necessário.
Disponibilidade
Devido a grande utilização da energia elétrica na sociedade, o seu fornecimento deve ser contínuo e ininterrupto. Ninguém está disposto a ficar sem a energia elétrica, seja qual for o período de tempo. Esse é mais um motivo para usar sem abusar
Consumo Crescente
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, o crescimento do consumo de energia elétrica é uma constante (entre 3 e 5 % a.ª). Mesmo nos períodos em que se verificou uma estagnação econômica, o consumo não parou de crescer. Para atender a este consumo, novas usinas geradoras, sistemas de transmissão e distribuição devem ser construídos.
Expansão do Sistema
A construção de Novas Usinas e Sistema de Transmissão está associada a grandes investimentos, longos prazos para conclusão das obras e significativos impactos ambientais.
Usinas Virtuais
Quando economizamos energia elétrica, estamos possibilitando que a energia não gasta seja fornecida a um outro consumidor, para prestação de um outro serviço, eliminando a necessidade de expansão do sistema. Chamamos de Usina Virtual aquela que deveria ser construída para fornecer a mesma quantidade de energia que foi economizada, e que, graças à economia, pode ser adiada reduzindo os gastos e o impacto ambiental.
Impacto Ambiental
É natural que as atividades humanas interfiram no meio ambiente. Porém, quando a interferência atinge um nível que desequilibra essa estrutura natural, ocorre o que denominamos: impacto ambiental.
É importante mencionar que todas as formas de geração de energia elétrica provocam interferências no meio ambiente. Algumas são mais impactantes e outras menos.
As usinas hidrelétricas provocam vários impactos ambientais, como a inundação de áreas (destruindo a flora e a fauna), interferência no curso natural dos rios e nos seu ciclos (devido ao represamento e controle das águas) e deslocamento de populações.
As linhas de transmissão também produzem impactos ambientais, embora de dimensão bastante inferior aos das usinas de geração.Mas saiba que até mesmo as energias solar e eólica causam impacto ambiental: a primeira exige um processo de mineração poluidor para extração do minério utilizado na fabricação da célula fotovoltaica. A segunda causa ruídos elevados nas proximidades dos geradores eólicos e ambas, além de deslocar a fauna e flora locais, ocupam espaços que poderiam dar lugar a outras atividades.
Características Técnicas
Recursos Hídricos - Brasil
As características físicas e geográficas do Brasil foram determinantes para a implantação de um parque gerador de energia elétrica de base predominantemente hidráulica. Como cerca de 25% de todo o potencial hidrelétrico conhecido correspondem a usinas em operação e em construção, estima-se que pelo menos nas duas próximas décadas, as fontes hidráulicas continuarão a desempenhar importante papel no atendimento à crescente demanda de energia elétrica.
A exploração desse potencial era, tradicionalmente, efetuada por empresas de economia mista (aquelas em que o acionista majoritário é a União), os governos estaduais ou municipais, que respondem por mais de 99% da produção nacional de energia elétrica para uso público. Hoje, cada vez mais, essa exploração tem a participação da iniciativa privada.
Porém, independentemente do caráter público ou privado dos agentes encarregados do suprimento de energia elétrica, é muitíssimo importante que a operação e a expansão do sistema elétrico brasileiro, continuem a ser realizadas de forma coordenada, com alto grau de interligação entre seus componentes. Esta interligação permite obter dos sistemas uma produção energética superior àquela que seria proporcionada pela soma das produções das usinas em operação isolada.
Capacidade Nominal Instalada em 2008 (milhões de kW) - 103 milhões de kW
Térmicas 25% Hidráulicas 73% Outros 0,2%
Energia elétrica disponível em 2008: 541 bilhões de kWh
Consumo Nacional de Energia Elétrica em 2008: 418 bilhões de kWh
Número de Consumidores: 63,5 Milhões
Em 2030 o Brasil deverá estar assim em energia elétrica. Capacidade nominal instalada de 216,6 milhões kW (156,0 milhões kW de hidroeletricas, 39,8 milhões de kW térmicos, destes, 21,0 milhões à gás natural, 6 milhões a carvão, 7,35 milhões a combustível nuclear, e 5,5 milhões outros, e, ainda, 30,8 milhões de energia alternativa ( PCHs, biomassa e eólica).
Fonte: http://www.eletrobras.gov.br/elb/procel/main.asp?ViewID={D81425AF-257E-44E9-8B0F-1F885CD35D6D}